Preconceito Social
Esse preconceito é associado à classe social e definido pelo status de determinados indivíduos, o preconceito social geralmente ocorre entre dois grupos principais: os ricos e os pobres.
O preconceito social: é um tipo de preconceito relacionado com a classe social, ou seja, está baseado no poder aquisitivo e padrão de vida dos indivíduos, sendo classificada basicamente em: ricos e pobres.
No entanto, entre eles, ainda existem diversos grupos sociais, desde os milionários (mais ricos) e os miseráveis (mais pobres). Note que o preconceito social pode ocorrer entre pessoas do mesmo grupo social.
Segundo o filósofo alemão Karl Marx (1818-1883) a sociedade capitalista está dividida em dois grupos principais: a burguesia e o proletariado, donde um deles é o grupo dominante e o outro o dominado, fator que determina a diferença social ou a luta de classes.O status social é um conceito que está intimamente relacionado com o preconceito social de forma que define a posição social do indivíduo na estrutura da sociedade.
Muitas pessoas que possuem melhores condições financeiras que outras, pensam ser "superiores" por possuírem maior poder aquisitivo e bens. Sabemos, entretanto, que esse pensamento é preconceituoso posto que nenhuma pessoa é superior à outra segundo a quantidade de bens que possui.
Feita essa observação, o preconceito social gera muita violência e tem sido um dos temas mais discutidos na era da globalização, gerado pela intolerância humana e determinada pela diferença de instrução, níveis de renda e de recursos, condições de acesso e de vida, dentre outros.
Site onde foi tirado o texto: https://www.todamateria.com.br/preconceito-social/</h3>
Vivemos em uma sociedade marcada pelos abismos sociais, que ficam cada vez mais explícitos dentro dos fatos políticos e sociais, onde pertencer a uma classe denominada de baixa renda não representa ter apenas pouco recurso financeiro. Nesta simples frase que para quem reconhece a realidade brasileira, é cheia de significado, tais como: precariedade na saúde, pessoas sofrendo e morrendo nas filas de hospitais; um sistema educacional público que não conduz os jovens a lugar algum; sistema judiciário que não conhece o termo funcionar, onde questões básicas, urgentes, que em muitas vezes representa risco de vida entra em uma fila de espera de no mínimo 6 meses, obviamente para quem pertence à classe de baixa renda; um país que tenta dia a dia fazer uma limpeza étnica, pois de cada 10 mortos pela polícia 11 são negros e pobres, com isso não queremos dizer que o branco sai impune perante a lei, ele é preso, conduzido a presença de delegado, juízes e promotores e tem seu caso discutido pela lei.
Tudo que aqui já foi exposto já seria o suficiente para uma nação esclarecida reconhecer o que é cidadania e possa se revoltar e exigir seus direitos, mas a lista de absurdos não para por aí, existem os absurdos religiosos, absurdos contra os LGBTs, contra os portadores de necessidades especiais e o já conhecido, preconceito contra as mulheres, onde apesar de ter conquistado muitos direitos no mercado de trabalho, ainda sim, ganha menos que o homem.
Toda essa cultura é enraizada em nossas crianças pela família, que enquanto o filho brinca de bola, a filha lava os pratos, varre a casa, que é responsabilidade da mulher, a escola que só fala da cultura negra quando fala dos escravos, da mídia que em sua maioria, ensina o consumismo e o pertencimento a grupos e a exclusão.
Texto da página do Facebook: https://www.facebook.com/preconceitosocial/
NOTICIAS SOBRE O PRECONCEITO SOCIAL:
- Após um entregador ser humilhado e sofrer agressões verbais e racismo por parte de um morador de um condomínio de casas em Valinhos (SP), o aplicativo de entrega de comida IFood se pronunciou sobre o caso e confirmou, em nota, que o usuário será excluído da plataforma de pedidos. (site onde você pode ler a notícia completa: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2020/08/07/apos-entregador-ser-humilhado-por-ofensas-racistas-em-valinhos-empresa-diz-que-vai-excluir-usuario-da-plataforma.ghtml)
Três em cada 10 brasileiros já sofreram preconceito devido à classe social (site onde você pode ler mais sobre o assunto: https://atarde.uol.com.br/brasil/noticias/2027320-tres-em-cada-10-brasileiros-ja-sofreram-preconceito-devido-a-classe-social)
RELATOS SOBRE PRECONCEITO SOCIAL
Gilberto Martins, 47, agente administrativo, de Guarulhos (SP)
"Como afrodescendente, sempre sofri os preconceitos típicos de nossa sociedade. Aos 13 anos, comecei trabalhar em uma padaria, onde a maior parte dos meus colegas me chamava de 'negão' ou 'baiano'. Embora a forma de tratamento não fosse pejorativa em todas as ocasiões, sempre existia o duplo sentido típico dos eufemismos brasileiros. Aos 30, ao sair do trabalho, fui vítima de duas balas perdidas. Fiquei paraplégico, com três filhos pequenos para cuidar. Reagi, retomei os estudos e me formei em ciências econômicas. Nessa trajetória, sofri novos preconceitos, sim, mas também aprendi muito. Sair de casa ainda é uma aventura. Uma vez, a roda dianteira de minha cadeira encaixou em um buraco e a parte emborrachada desencaixou, impedindo-me de prossegu. Ao pedir ajuda a um senhor, ele me respondeu rispidamente: 'Não tenho trocado, não, amigo'. Fiz questão de demonstrar que não queria o dinheiro dele, apenas precisava de ajuda. Ele ficou sem graça pela gafe e me ajudou. Hoje, o momento em que mais me sinto discriminado ainda é na condução pública intermunicipal. É frequente ser deixado no ponto com a desculpa de que o elevador está quebrado. Algumas vezes, fica evidente que o cobrador e/ou o motorista não sabem usar o equipamento, então dizem que quebrou. Há situações em que os passageiros reclamam da demora em embarcar o cadeirante, mas não me deixo desanimar com tais preconceitos, pois também encontro pessoas dispostas a ajudar ou que são gentis. Isso dá um pouco de alento e alguma esperança de que ainda temos chance de viver em uma sociedade melhor. Embora, muitas vezes, tenha a sensação de que nós, deficientes, somos invisíveis socialmente."
Aline Santos, 23, administradora, de Santo Antônio de Jesus (BA) Já sofri triplo preconceito por ser mulher, negra e lésbica. As doses de discriminação podem ser diárias quando se vive em uma sociedade machista, racista e homofóbica. O sentimento inicial é de raiva por ser alvo gratuito, pois não há realmente um motivo aceitável para isso. Mas não devo sentir nada além de pena de pessoas pouco evoluídas que consideram o outro menor pelo sexo, cor ou orientação sexual. Para essa sociedade, desejo mais inteligência, pois é visível que falta. Quem sabe assim comporte-se com mais civilidade, o que é básico para viver."
Olga Souza Eugenio, 34, formada em gestão financeira, de São Paulo
"Já passei por muitos constrangimentos que podem ser considerados discriminatórios, mas alguns me marcaram mais. Meus pais sempre tiveram boas condições financeiras e puderam me proporcionar um bom estudo em ótimas escolas particulares de São Paulo. Minha mãe era advogada e meu pai, motorista particular e taxista. Quanto estava na 6ª série, com então uns 11 ou 12 anos, fui fazer um trabalho na casa de uma colega. Tudo transcorreu normalmente. No dia seguinte, a menina me chamou e disse que eu não poderia fazer parte do grupo nem frequentar a sua casa, pois, segundo a sua mãe, eu era preta. Tenho um buldogue inglês e, certa vez, estava passeando com ele pelo bairro quando uma senhora perguntou: "Você sabe onde a sua patroa o comprou?". Fiquei em choque, mas não pelo fato de ela ter achado que eu era empregada de alguém. As pessoas sempre associam as mulheres negras à profissão de doméstica, mas a questão não é essa. Eu me ofendi por ela pensar isso porque sou negra e tenho um cachorro que custa uns R$ 5.000. Recuperada, muito educadamente, disse que o cachorro era meu, que morava no bairro há anos e que ela precisava rever os conceitos dela urgentemente. Muitas outras coisas aconteceram, como na vez em que reclamei na lanchonete da escola que o meu lanche estava errado e a atendente respondeu: "Além de preta, é exigente!". A mulher negra incomoda quando luta por direitos. É difícil mesmo aceitar que meu filho, 20 anos depois, enfrente o mesmo preconceito e dificuldades que eu."
Site onde os relatos foram tirados: https://www.uol.com.br/universa/listas/vitimas-de-duplo-preconceito-contam-suas-historias.htm</p>
- Relato em forma de vídeo no Facebook: https://www.facebook.com/preconceitosocial/videos/148148135547049
MÚSICAS QUE FALAM SOBRE ESSE TIPO DE PRECONCEITO
Responsável pelo tema: Ana Jhulia